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Combate à notícias falsas: Google insere selo de verificação de fatos

Combate à notícias falsas: Google insere selo de verificação de fatos

Seria o fim das notícias falsas?

Google insere selo de verificação de fatos

Com o intuito de combater a disseminação de falsas notícias em sites e portais, o Google inseriu um selo de checagem (em forma de aviso em texto) nas notícias, para ajudar o usuário a identificar quais tiveram as informações apuradas.

A novidade que já vinha sendo implementada progressivamente no mundo, chega ao Brasil e tende a alcançar os demais países da América Latina. Além do Brasil, o selo de checagem aparecerá a partir desta semana para usuários da Argentina e do México. O recurso está disponível desde outubro de 2016 nos Estados Unidos e alguns países da Europa, como Alemanha e França.

Para o funcionamento do selo, é necessário que o Google estabeleça parcerias com entidades locais, independentes e especializadas em checagem (fact-checking). E aqui, a companhia irá trabalhar em acordo com três instituições: Agência Lupa, Aos Fatos e Agência Pública.

“A checagem de fatos se firmou como uma área importante do jornalismo nos últimos anos dentro de veículos tradicionais e startups de mídia, que trabalham para averiguar a veracidade de informações sobre mitos urbanos, política, saúde e até a própria imprensa”, diz o Google em seu anúncio oficial.

Hoje, com a disponibilidade e praticidade gerada pelas redes sociais, blogs e sites em geral, as notícias têm prazos de validade muito curto, e por isso se tornam urgentes. O que compromete a veracidade e verificação dos fatos, uma vez que os veículos de comunicação nem sempre gastem o tempo necessário para confirmar a procedência das informações. Além disso, o fácil acesso faz com que qualquer pessoa seja capaz de inserir e compartilhar qualquer tipo de informação. E isso, claro, faz com que notícias falsas, publicadas erroneamente ou pensadas em manipular leitores, se disseminem.

O selo de verificação de fatos se junta a outras tags que a ferramenta do Google já traz há algum tempo para marcar artigos que sejam sátira, comunicados de imprensa, conteúdos opinativos, entre outros.

O selo irá aparecer:

-Na seção expandida do site news.google.com.br;
-Aplicativos do Google Notícias e Clima para iOS e Android;
– E em “Notícias” dentro do tradicional buscador.

O Facebook também tem testado sistemas similares, mas até o momento eles não são válidos para os usuários brasileiros.

Donald Trump, Facebook, e “Fake News”

A discussão sobre o compartilhamento de notícias falsas na Internet ganhou força após as polêmicas acerca das eleições presidenciais dos EUA, vencidas por Donald Trump no final de 2016, uma vez que a disseminação de conteúdos falsos foi apontada como um fator determinante para o resultado da eleição.

O Facebook foi acusado como principal contribuinte para a surpreendente vitória do magnata ao permitir a livre circulação de notícias equivocadas. O presidente e fundador da empresa, Mark Zuckerberg, rejeitou a ideia, que chamou de “bastante louca”. Mas ao mesmo tempo afirmou que os usuários estão pouco inclinados a clicar em links e ler artigos compartilhados se consideram que estes não estão de acordo com suas opiniões pessoais.

Dessa forma, o selo inserido pelo Google promete dificultar o compartilhamento de notícias com informações equivocadas e tendenciosas, dando credibilidade somente a fatos verídicos.